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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reportagens sobre cultura e arte em Belo Horizonte

A equipe Trova Comunicação separou algumas reportagens que saíram no jornal sobre a cidade de Belo Horizonte, quanto ao assunto cultura e arte. Confiram:

BH deixa de ganhar R$2 mi em eventos

Marta Vieira
Repórter

A saturação dos centros de convenções Expominas e Israel Pinheiro da Silva – Minascentro impôs uma perda de R$ 2 milhões em 2009 e 2010 somente para o cofre da Prominas – Companhia Mineira de Promoções, órgão encarregado de administrar os dois espaços. O cálculo foi apresentado ao secretário de Estado de Turismo, Agostinho Patrús Filho como resultado do calendário lotado e da incapacidade de Belo Horizonte de abrigar pelo menos 10 eventos de médio porte, especialmente congressos nas áreas da saúde, construção civil e mineração.
A cifra reforça a necessidade de duplicação do Expominas, projeto que será retomado pelo governo estadual, com a assinatura na semana que vem de um contrato em que a Secretária de Turismo encomenda à Fundação João Pinheiro o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável na Grande Belo Horizonte. As obras de ampliação do Exporminas devem entrar no programa como prioridade de investimentos.
Outro gargalo para a retomada do projeto foi superado há um mês e meio, com a autorização concedida pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais ao estado para contratar empréstimo de US$18 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) destinados a projetos de infraestrutura para o turismo . ‘’Além da ampliação do espaço de convenções do Expominas para sediar encontros da ordem de 5 mil pessoas, precisamos de uma área maior para feiras. Estamos avançando´´, disse o secretário de Turismo.
As perdas de R$ 1 milhão por ano representam, somadas, 11% de toda a receita apurada pela Prominas, de R$ 18 milhões nos dois últimos anos. Não há estimativas sobre a perda na geração de renda seja no transporte, seja na hospedagem e alimentação dos participantes, mas um bom sinal de que são bem superiores está no levantamento feito pelo Belo Horizonte Convention E Visitors Bureau, fundação de direito privado, indicando que a cidade ganhou R$ 510, em média, por dia, de cada participante dos eventos realizados em 1999 e 2010.    

EVENTOS Segundo o presidente da instituição Roberto Noronha Filho, a contratação do plano de desenvolvimento do turismo anima o setor. ‘’Precisamos captar agora os eventos que vamos ter em 2014 e não podemos correr o risco de a cidade não comportá-los’’, afirma. A falta de espaços força o Convention Bureau a recomendar aos investidores em hotelaria que seja prevejam a disponibilidade de espaços para eventos nos seus próprios projetos.
A presidente regional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Silvânia Capanema, é mais enfática. ‘’Temos 34 novos hotéis em projeto e advertimos que não adianta essa expansão se não houver uma correspondente ampliação na in-estrutura de eventos, tanto a duplicação do Exporminas quanto as obras do Aeroporto de Confins´´, afirma. O pré-projeto duplicação em 120 mil quadrados da área total de Exporminas, hoje de 115 mil metros quadrados, com auditório para 5 mil pessoas e um empreendimento hoteleiro. 

Fonte: Jornal Estado de Minas – 19/03/2011




A capital precisa de uma arena de shows decente

José Aparecido Ribeiro
Repórter

     Belo Horizonte clama por uma arena de eventos à altura da agenda que tem recebido. Os promotores culturais estão a mil. Nunca tivemos tantas oportunidades de assistir, ao vivo, a nomes internacionais e nacionais se apresentando por aqui. Contudo, os espaços multiuso para eventos desse gênero são fraquísimos. O desconforto de quem assiste a um show com um público mais elevado é indiscutível.
     As poucas arenas disponíveis não possuem acústica adequada, os assentos são impróprios e desconfortáveis, a estrutura de alimentação é muito fraca. Ambientes beiram a insalubridade e os riscos de acidentes são iminentes.
    Sabe-se que o segmento de hotéis vai receber grandes investimentos na capital, correndo-se o risco de ocorrer uma superoferta de unidades habitacionais destinadas à hotelaria.

"Nunca tivemos tantos nomes internacionais por aqui, mais falta estrutura"

    Não seria o caso de pensar também em uma arena multiuso, capaz de receber eventos, internacionais, a exemplo do Madison Square Garden, de Nova York, ou mesmo como o Credicard Hall, do Rio de Janeiro?
   Como negócios, é bem provável que a demanda por sua utilização seja a garantia de bons resultados para quem investir no setor.
   Os produtores culturais estão cada vez mais ousados e isso é muito positivo para Belo Horizonte. A cidade agradece e pede um espaço descente para receber shows, como o do cantor Seal, que se apresentou por aqui na semana passada.
   O sucesso teria sido ainda maior se a cidade tivesse um local à altura do nome do artista.

Fonte: O Tempo – 23/03/2011









Adote um bem cultural

Gustavo Werneck
Repórter

Pichações sujeiras, destruição e um ar sinistro de abandono. Muitos imóveis de Belo Horizonte, tombados pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município, estão em petição à miséria, à espera de mãos – públicos ou privadas – que dêem um jeito na situação. Para tentar mudar o cenário, a prefeitura vai lançar o programa Adote um bem cultural, inédito no país, para formar parceira com proprietários das edificações sob proteção e empreendedores dispostos a promover o restauro ou manutenção do bem. A expectativa é de que o anúncio seja feito ainda este mês pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), que assinou o decreto oficializando a iniciativa em setembro.
Em BH, há 700 bens tombados pelo município, dos quais cerca de 5% se encontram em péssimo estado de conservação e 25% em situação intermediária, carentes de limpeza da fachada, retirada de placas e de outras providências, diz a diretora do Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Michele Arroyo. Ela explica que o programa vai contemplar edificações e públicos; patrimônio urbanístico, como os monumentos, e imaterial, a exemplo das festividades, manifestações artísticas tradicionais; e acervo documental, existente em museu e outras instituições sob guarda da FMC – no Museu de Arte da Pampulha (MAP), Museu Histórico Abílio Barreto (MhAB) e Arquivo da Cidade de Belo Horizonte.
Para participar, os proprietários e empreendedores deverão se cadastrar na diretoria do Patrimônio Cultural e assinar um documento. A partir daí, a prefeitura vai buscar prioridades, independentemente de o patrimônio ser público ou participar. ‘’A vantagem para o empreendedor responsável pelo custeio da obra é que ele receberá o selo de ‘amigo do patrimônio cultural’. Com isso, terá visibilidade e terá publicidade e mais para a empresa. As casas em bom estado também poderão ser adotadas´´, acredita Michele. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) dispõe de um programa semelhante, o Adote o verde, embora específico para praças e jardins. Em São Paulo, houve uma ação de proteção dos bens culturais, mas apenas dos prédios públicos. Acreditamos que, desse jeito, o nosso seja inédito no país´´, afirma Michele.

VISIBILIDADE Durante o período em que durar a obra, empresário terá o nome num painel na parte externa do imóvel. Depois de concluído o serviço, haverá uma placa definitiva no local, com a história da construção e informações que tornam parte de um roteiro cultural. Michele lembra que os monumentos públicos, como o Pirulito da Praça Sete, na Região Centro-Sul, com base toda pichada, poderá ser alvo do programa. ‘’O interessado poderá fazer a doação, por um período de dois anos, e fazer a limpeza de 15 em 15 dias´´, exemplifica a diretora. A sugestão à PBH para execução do programa foi feito pelo Ministério Publico Estadual, via Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (Cppc).
Entre os prédios em situação lamentável estão os antigos cinema México, construção em estilo art déco transformada em estacionamento, na esquina da Avenida Oiapoque com Rua Curitiba no Centro, e Candelária, na Praça Raul Soares, vitima de incêndio; um conjunto de quatro casas na Rua Niquelina, no Bairro Santa Efigênia, perto da recém-recuperada Praça Floriano Peixoto, e outra em Venda Nova; e o Pirulito da Praça Sete, ‘’ que é muito emblemático para história de BH’’, diz Michele. Olhando as pichações no obelisco de granito, erguido para as comemorações do centenário da independência em 1922, o ator Tadeu Rodrigues, ganhando a vida como estátua viva de Charles Chaplin, o Carlitos, diz que a iniciativa é muito bem-vinda: ‘’ A preservação dos bens culturais fica muito pesada para a prefeitura, então seria bom essa parceria com os empresários’’.
Numa das casas da Rua Niquelina, a dona de pensão Augustinha Silva de Souza, de 75,  também se diz satisfeita. Ela conta que a casa faz parte de um espólio e paga aluguel de parte da propriedade. ‘’ Quando vim para cá, há nove anos, tinha muito mato e desocupados na área. Demos um jeito, e seria ótimo a conservação permanente.    

Fonte: Estado de Minas – 11/03/2011

 




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